ABRAPSO REPUDIA A ABSOLVIÇÃO DOS 74 PMs RÉUS DO MASSACRE CARANDIRU
O Tribunal de Justiça de São Paulo anulou os julgamentos que condenaram 74 policiais militares frente ao crime cometido no ato conhecido como massacre do Carandiru, no dia 27 de setembro de 2016. Em cinco etapas de julgamentos, o júri popular votou pela condenação dos 74 policiais militares envolvidos no crime.
Em 24 de setembro, os desembargadores Ivan Sartori, Camilo Lellis e Edison Brandão votaram pela anulação dos cincos julgamentos em que houve a condenação dos 74 policiais militares. O fato ocorrido em Carandiru não se tratou de legítima defesa, segundo promotores e júri popular, e sim de um massacre cometido contra os presos que iniciaram um conflito no pavilhão 09, há 24 anos.
A polícia aprende e é treinada para utilizar muitas táticas de imobilização e negociação de conflitos para quebrar uma rebelião. Com efeito, a opção de matar e exterminar em condições concretas de não fazê-lo não pode ser justificada, em sociedades democráticas. Desse modo, a ABRAPSO vem repudiar a decisão dos três desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo de anular a condenação dos 74 policiais militares, acusados, condenados e julgados em 5 etapas pelo crime no Presídio de Carandiru, no dia 02 de outubro de 1992, em São Paulo.
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