Mobilização da ABRAPSO em prol do exercício laico e democrático da Psicologia

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​​Mobilização da ABRAPSO em prol do exercício laico e democrático do ensino em Psicologia

A ABRAPSO reitera, publicamente, a defesa da liberdade de expressão das professoras e professores no exercício da pesquisa, extensão e ensino nas universidades brasileiras.

A presente nota se posiciona contra as manifestações de caráter fascista em diferentes universidades (UFAL, UFSC, UnB, entre outras).

Nas universidades em que a resistência à onda conservadora é mais visível, professoras(es) são acusadas(os) de doutrinação ideológica quando cumprem o ofício de uma Psicologia que pensa o presente.

Estudantes veem centros acadêmicos sendo invadidos, símbolos nazistas sendo pintados nas paredes. Mensagens de violência ocupam os espaços das universidades numa crescente manifestação de ódio que se expressa e se apoia, dentre outros fatores, na fragilização do direito à livre expressão.

A fragilização do direito de livre expressão afeta diferentemente o tecido social sendo atravessada por marcadores de raça/etnia, gênero e classe social. Precisamos estar atentas e atentos a como compor planos comuns de trabalho sem desconsiderar as multiplicidades das potências de luta e a interseccionalidade das opressões.

É crucial não sucumbirmos a legalismos antidemocráticos que visam coagir e impedir o exercício laico e democrático da Psicologia no Brasil. A judicialização, criminalização e a violência física contra estudantes e docentes exibem um ódio à democracia participativa que é intolerável.

Como compor redes de informação e de enfrentamento ao ódio e à intimidação? Como traçar redes de apoio mútuo que nos tornem mais potentes no dia a dia frente às manifestações de ódio? Estas são duas questões que trazemos às regionais, núcleos e associadas(os) para que sejam conversadas nos planos locais.

Assim, com base no histórico desta associação, a Diretoria da ABRAPSO se une às(os) docentes e estudantes que lutam pela democracia nas universidades em nosso país.

Repudiamos os atos de vigilância e coação contra as(os) colegas que buscam uma prática docente problematizadora nos tempos de Golpe e intolerância que vivemos, tempos nos quais os Direitos Humanos são usurpados.

Direção Nacional
Gestão 2016-2017