Lançamento do livro "O homem que se achava Napoleão"

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O homem que se achava Napoleão

Autora: Laure Murat

Tradução: Paulo Neves

Apresentação: Jurandir Freire Costa


Uma fascinante narrativa histórica combinada à análise de documentos inéditos, O homem que se achava Napoleão, da historiadora francesa Laure Murat, trata dos efeitos dos eventos políticos na imaginação dos loucos depois da Revolução Francesa até o governo de Napoleão III. O livro ganhou o Prêmio Femina de Ensaio 2011 (criado em 1904 e considerado o segundo mais importante da França, depois do Goncourt). O psicanalista Jurandir Freire Costa assina a apresentação da edição brasileira.


 

Murat vasculhou os arquivos de quatro hospitais franceses a fim de examinar como os eventos revolucionários no país entre 1789 e 1871 influenciaram o delírio dos loucos. Ela conta como, a partir do Terror, a guilhotina ocupou a imaginação dos alienados: alguns acreditavam estar condenados à decapitação, outros pensavam já ter sido degolados e até mesmo estar vivendo com a cabeça alheia. A pesquisa original e abrangente trata também dos primórdios da psiquiatria e dos vínculos entre medicina e poder no século XIX.

 

Sobre a obra, a psicanalista e ensaísta Elisabeth Roudinesco escreveu no Le Monde des Livres: Todos os médicos da alma se colocaram a questão de saber se os distúrbios políticos tinham um papel na eclosão do delírio e na aparição da loucura. Laure Murat revisita essa problemática de maneira resolutamente nova, neste ensaio muito bem documentado e apoiado em arquivos inéditos.”


 

LAURE MURAT (França, 1967) é historiadora e professora do departamento de estudos franceses e francófonos da Universidade da Califórnia | Los Angeles (UCLA). É autora, entre outros, de La maison du docteur Blanche: histoire d’un asile et de ses pensionnaires, de Nerval à Maupassant (2001), ganhador do prêmio Goncourt de biografia e do prêmio da Crítica da Academia Francesa. O homem que se achava Napoleão é seu primeiro livro publicado no Brasil. Seguidora de Foucault, ela aborda o universo político e romanesco do século 19. No capítulo final, tem um olhar muito polêmico a respeito da antipsiquiatria e do fechamento dos asilos para loucos.


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