Carta da ABRAPSO aos/às que ousam lutar pela educação pública e gratuita
Nos últimos meses, inúmeras situações de violência, repressão e violações de direitos vêm acontecendo contra estudantes, professores/as, atores do sistema educacional de vários estados brasileiros, tais como: São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro. O aparato policial militar e a tentativa arbitrária de implantar políticas neoliberais de desmonte da educação pública e gratuita estão em plena fase de orquestração política, no Brasil, atualmente, como redução de escolas, aumentos de número de alunos/as por turmas, transferência de estudantes que protestam e dispersão de seus movimentos de luta como tática para desmobilizar as resistências à privatização das escolas públicas, em vários estados brasileiros.
Prisões arbitrárias de professores/as e de estudantes ganharam dimensão de prática corrente, nesse cenário de acirramento dos protestos contra os ataques brutais aos direitos conquistados duramente, durante a parca e cinzenta República que vivemos, após Ditadura Militar. Não podemos silenciar e é crucial nos manifestarmos contra a avalanche predatória das práticas de privatização da educação pública.
Diante de tais acontecimentos, a ABRAPSO vem se solidarizar aos/às estudantes, seus pais e professores/as brasileiros/as, na luta contra o sucateamento da educação pública, contra a implantação das Organizações Sociais (OS) na política educativa brasileira e contrariamente a toda sorte de violência do Estado pelas forças policiais exercida nos últimos meses para dispersar e calar as vozes que ousam lutar pelo ensino público, gratuito, de qualidade e crítico.
Diretoria Nacional da ABRAPSO.
Gestão 2016-2017.