ABRAPSO assina e divulga Nota de Apoio à Dra. Rita Segato e ao GPFEM (PUC/MG)

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ABRAPSO assina e divulga Nota de Apoio à Dra. Rita Segato e ao Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas – GPFEM (PUC/MG)

 

PEDIDO FORMAL DE SOLIDARIDAD CON RITA SEGATO POR MEDIO DE CARTAS Y SUS RESPECTIVAS REDES

Solicito que envíen cartas de apoyo por el atentado a mi libertad de cátedra que consta en el enlace: http://infocatolica.com/?t=noticia&cod=26336

Se intento de censurar lo que llaman “ideología de género”, no solo en las universidades sino también, de forma sumamente alarmante para la democracia, parte de sectores religiosos ultraconservadores de accionar fascista instalados no solo en las universidades e iglesias, sino también en el Congreso Nacional y en las Asambleas Legislativas Estatales (Provinciales), y está teniendo consecuencias muy negativas para la docencia, la investigación y las libertades ya conquistadas en la nación brasilera. En este caso particular, está colocando a la profesora Anete Roese, que me invitó a la PUC Minas, en grave riesgo de perder su empleo.

Las cartas, dentro del molde de la que anexo, o diciendo: subscribo a la carta en anexo, deben ser dirigidas a: Professora da Universidade de Brasília Dra. Rita Laura Segato , Professora da Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais e teóloga luterana Dra. Anete Roese , Magnífico Reitor da PUC Minas Dom Joaquim Giovani Mol

Agradezco inmensamente, y pido difusión.

Abrazos preocupados,
Rita Segato
La carta molde Nota GPFEM PUC-MG se encuentra a continuación.

 

NOTA DE APOIO

 

À Dra. Rita Laura Segato
Ao Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas (GPFEM) e sua Coordenadora Dra. Anete Roese
À Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e seu Reitor Dom Joaquim Giovani Mol

Nas últimas semanas viemos acompanhando a repercussão da Palestra proferida pela Dra. Rita Laura Segato no III Ciclo de Debates do Grupo Interdisciplinar de Pesquisas Feministas – GPFEM da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC-MG que tematizou o “feminismo decolonial”.

Por um lado, enquanto grupos de pesquisa, pesquisadoras e pesquisadores do campo dos Estudos Feministas e de Gênero e do campo dos Estudos de Religião e Teologia, ficamos felizes, orgulhosas e orgulhosos com o trabalho desenvolvido nesse evento, bem como no cotidiano do Grupo de Pesquisa e da Universidade. A PUC-MG e o GPFEM têm sido espaços importantíssimos de produção de conhecimento e desenvolvimento de pesquisas que contribuem substancialmente para essa área de estudos colocando-se como referência no país e internacionalmente. A qualidade das pesquisas e discussões propostas, bem como o prestígio alcançado, são fruto de trabalho comprometido com o avanço científico. A presença e participação da Profa. Dra. Rita Laura Segatto, intelectual reconhecida pelo seu trabalho acadêmico, atesta o reconhecimento da instituição e do grupo de pesquisa pela comunidade científica.

Por outro lado, nos preocupa a forma como essas atividades, os temas, o grupo, a Dra. Rita Laura Segatto, a coordenadora do GPFEM – Dra. Anete Roese, o Reitor Dom Joaquim Giovani Mol e a Universidade PUC Minas têm sido tratadas por parte de alguns grupos e setores conservadores da sociedade. Temos visto reações e manifestações com forte carga de violência, distorcendo tanto o conteúdo das atividades realizadas quanto o seu propósito, colocando em risco a liberdade de pensamento e a produção acadêmica que é própria do espaço universitário. Como grupos de pesquisa, pesquisadoras e pesquisadores, não podemos compactuar com tais formas de ataque a instituições, grupos e pessoas que têm dedicado suas vidas e seus talentos à pesquisa e à produção de conhecimento, promovendo um clima de intimidação e medo que apenas prejudica o debate acadêmico e científico.

Os Estudos Feministas e de Gênero têm uma longa e sólida trajetória no campo da produção teórica. Ainda que seus resultados e contribuições não sejam unanimidade não é possível desconhecer e ignorar uma vasta produção em todas as partes do mundo. Expressão concreta de sua importância na academia são os inúmeros grupos de pesquisa e a intensa produção científica em livros e artigos científicos, publicados em periódicos, coleções e editoras especificamente voltadas para essa área assim como em outros mundialmente reconhecidos. Os Estudos Feministas e de Gênero, em sua diversidade de abordagens, se somam a uma multiplicidade de correntes de pensamento contemporâneas e têm o seu estatuto científico amplamente reconhecido.

Infelizmente esse tipo de manifestação e ataque às discussões feministas e de gênero não é um caso isolado. Grupos e movimentos conversadores têm utilizado esse tipo de estratégia para questionar não apenas pesquisadoras, pesquisadores e grupos de pesquisa individuais, mas as próprias instituições que defendem a pluralidade de opiniões e os processos democráticos.

Buscam criar um clima de instabilidade para fragilizar as instituições e os processos com o intuito de difundir e impor suas ideias como verdades absolutas e inquestionáveis.

Nesse sentido, repudiamos todas as formas de instrumentalizar as atividades e discussões propostas pela PUC-MG e pelo GPFEM através de estratégias escusas para criar pânico na comunidade geral e obstruir a reflexão e produção de conhecimento que contribuem para a construção de sociedades mais justas e igualitárias. Nos solidarizamos com a Universidade, com o Grupo de Pesquisa e as pessoas envolvidas pelos ataques covardes que vêm sofrendo, afirmando a competência e compromisso acadêmicos de suas lideranças e integrantes. Afirmamos a importância e o caráter imprescindível do trabalho desenvolvido pela instituição e pelo grupo, assim como em todos os ero, particularmente quando são vítimas de processos inquisidores, o que por si só demonstra a sua relevância.

Em solidariedade,

Diretoria Nacional da ABRAPSO.
Gestão 2016-2017.