A Associação Brasileira de Psicologia Social manifesta-se publicamente em defesa da liberdade de expressão no ensino/pesquisa e das universidades públicas do país:

ABRAPSO em defesa da liberdade de expressão no ensino/pesquisa e das Universidades Públicas

Nos manifestamos publicamente repudiando ações de judicialização/criminalização de docentes e reitores/as das universidades públicas, no Brasil que vêm sendo realizadas, desde o impeachment da Presidenta Dilma Roussef, ocorrendo na UFRGS, UFSC, UFPR e, mais recentemente, na UFMG. Consideramos esses atos como ataques à democracia, à autonomia das universidades e que trazem efetivamente a tentativa de desqualificar pesquisadores/as, docentes e reitores/as, em um projeto de desmonte e privatização das universidades públicas.

Também nos manifestamos contra o ato de invasão de um auditório de Ciências Sociais da UFPA por 40 pessoas lideradas por prefeito, deputado estadual e uma vereadora. Na ocasião, acontecia o evento “As veias abertas da volta grande do Xingu”, promovido pela Profa. titular Rosa Acevedo (ICSA-UFPA) sobre os danos sócio-ambientais da extração de ouro do Xingu pela multinacional Belo Sun.

Face ao exposto, fica patente que a liberdade de expressão e a educação pública, bem como os/as professores/as e gestores/as públicos/as da educação universitária estão na mira da criminalização e da pedagogia da mordaça que setores da sociedade brasileira estão tentando implantar autoritariamente e de modo intensivo, nos últimos meses, com objetivos de retiradas dos direitos à educação pública, gratuita e crítica no ensino superior, tanto na graduação quanto na pós-graduação.

Assim, a ABRAPSO vem publicamente repudiar tais atos de censura, criminalização, violência e violação de direitos ocorridos com propósitos de silenciar resistências críticas e a autonomia de professores-pesquisadores e privatizar as universidades públicas.

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