ABRAPSO apoia Manifesto contra perseguições políticas na UTFPR

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ABRAPSO apoia e divulga Manifesto dos docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná contra a perseguição política no câmpus Curitiba:

 

MANIFESTO CONTRA PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS NA UTFPR

Repudiamos veementemente a abertura de processos administrativos e sindicâncias contra professores que atuaram na negociação, mediação e tentativas de conciliação no processo de ocupação do Câmpus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em novembro de 2016, por parte da Direção Geral do Câmpus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Prof. Cezar Augusto Romano.

Da mesma forma que em várias outras instituições de ensino no Paraná e no Brasil, na UTFPR ocorreram manifestações e ocupações promovidas por estudantes que questionavam o desmonte das políticas públicas educacionais; a desestruturação do Ensino Médio e as práticas governamentais de precarização da educação, incluindo o congelamento dos recursos públicos para as áreas sociais pelo período de 20 anos.

Diante da oposição e de ameaças de um grupo contrário à mobilização dos estudantes, fez-se necessário que dezenas de servidores da instituição, preocupados com a integridade física dos estudantes viessem ao Câmpus, tanto na tentativa de evitar qualquer tipo de confronto físico, quanto mediar saídas pacíficas e dialogadas à controvérsia instaurada.

Docentes que participaram de comissões de mediação e de negociação juntamente com representantes institucionais (do Câmpus e da Reitoria), docentes que defenderam a integridade física dos estudantes e evitaram confrontos físicos entre favoráveis e contrários à ocupação, bem como docentes que protegeram o patrimônio da Universidade, são surpreendidos, quase um ano depois do fato, com processos administrativos e sindicâncias abertas pelo Diretor Geral do Câmpus Curitiba em uma tentativa de constranger lideranças universitárias (inclusive membros eleitos do Conselho Universitário – COUNI – no cumprimento de suas funções, em zelar pela observância dos princípios, finalidades e objetivos da Universidade e zelar pelas condições de funcionamento da Universidade, conforme Estatuto da UTFPR e Regulamento do COUNI).

Neste grave momento de precarização do Ensino Superior e de comprometimento de recursos públicos destinados à educação e à produção da ciência, da pesquisa e da tecnologia, não é coerente que os esforços da UTFPR se voltem para “perseguição” de docentes com conduta ilibada na instituição, muitos dos quais possuem décadas de dedicação tanto ao ensino, quanto à pesquisa e à extensão; docentes com reconhecimento social e acadêmico nacional e internacional; docentes ocupantes de vários cargos de gestão institucional; docentes representantes eleitos pela comunidade acadêmica para o Conselho Universitário e Conselho de Graduação e Educação Profissional da UTFPR; docentes representantes de associações científicas nacionais e internacionais, e docentes dirigentes sindicais.

Outras Moções de Repúdio podem ser enviadas para a Reitoria da UTFPR (falecomoreitor@utfpr.edu.br) e para a Direção-Geral do Campus Curitiba da UTFPR (falecomodiretor-ct@utfpr.edu.br; gadir-ct@utfpr.edu.br)

Um manifesto iniciado pela comunidade externa da UTFPR também foi criado na plataforma Petição Pública. O documento tem mais de mil assinaturas até o momento. Assine clicando aqui