ABRAPSO APOIA AS OCUPAÇÕES ESTUDANTIS NO BRASIL E REPUDIA A VIOLÊNCIA UTILIZADA NOS PROCESSOS DE DESOCUPAÇÃO
A estratégia de ocupação tem sido utilizada por movimentos sociais como prática de protesto ininterrupto e de maior intensidade face à impossibilidade de diálogo com instâncias governamentais, sobretudo, as que instalam medidas verticais e efetuam cortes ou reformas sem discussão pública e sem consulta aos segmentos envolvidos com as propostas realizadas.
As/os estudantes secundaristas e as/os universitários vêm ocupando as escolas, institutos e universidades brasileiras como legítima resistência à Medida Provisória da reforma do ensino médio, instituída por Michel Temer sem qualquer diálogo com estudantes, professoras, professores, pais, movimentos sociais, bem como à PEC 241, aprovada na Câmara dos Deputados e, agora, em tramitação no Senado como PEC 55, a qual congela os gastos públicos por vinte anos, o que comprometerá seriamente as políticas públicas de educação, saúde, assistência social, dentre outras.
Desde 2015, escolas vêm sendo ocupadas em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e, no ano de 2016, essas ocupações ganharam vulto, sobretudo, no Paraná e, se espalhando por todo o país com vigor, passando a receber o título de Primavera secundarista. O movimento de ocupação estudantil também tem se instalado e crescido com fôlego, nos institutos federais e nas universidades brasileiras. No momento da produção desse texto, mais de 1400 escolas estão ocupadas, juntamente com cerca de 85 institutos e 180 campi de universidades, em todo o país.
A ABRAPSO apoia o movimento estudantil, considera a luta pela educação legítima, rechaça a ausência de diálogo das instâncias do poder público com as/os estudantes e repudia veementemente as violações de direitos humanos e o uso da violência nas desocupações.
Direção Nacional
Gestão 2016-2017